Family of short-finned pilot whales underwater on Azores Islands, Picture © Credits to Dmitry Kokh
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A tradição baleeira dos Açores

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Esta é uma história traduzida com a ajuda da tecnologia.

Este texto foi traduzido para Português a partir do original em English

À volta do remoto arquipélago português dos Açores, ainda hoje se pode ouvir “Baleia à vista!”, um grito lendário. Hoje em dia, porém, isso só acontece em barcos pontilhados de turistas que vão observar baleias. A caça à baleia, uma actividade importante para a identidade cultural, mas também para a economia dos Açores, começou a ser praticada no século XIX. Foi oficialmente proibida em 1982, mas a proibição só foi plenamente aplicada em 1986. A última baleia foi morta em 1987, como protesto de alguns antigos baleeiros da Ilha do Pico. Hoje, centenas de baleias de mais de 20 espécies diferentes estão bastante seguras no arquipélago dos Açores, actualmente um dos maiores santuários de baleias do mundo.

Imagem © Credits to Irina Korshunova

A tradição baleeira nos Açores é especial, pois há apenas 30 anos os baleeiros do arquipélago utilizavam as mesmas técnicas que as descritas em Moby Dick em 1851, saindo para o mar em barcos muito abertos e lançando arpões com as mãos. Existem vários lugares nos Açores onde se podem ouvir as memórias dos dias de caça à baleia e viajar no tempo até aos dias em que só havia "a terra, o mar e as baleias", como os velhos aqui gostam de dizer.

Imagem © Credits to Nataša G.

Museu dos Baleeiros, Pico
Museu dos Baleeiros, Pico
R. dos Baleeiros 13, 9930-143 Lajes Do Pico, Portugal
Whaling Station in Porto Pim
Whaling Station in Porto Pim
Monte da Guia, 9900 Horta, Portugal

Para além do museu na Ilha do Pico e da Estação Baleeira de Porto Pim no Faial, pode também visitar os locais de observação, onde a caça costumava verdadeiramente começar. Aqui, os vigias costumavam passar longas horas, tentando avistar uma baleia com os seus binóculos. Quando vêem uma, lançam um foguete, acenam com um lençol branco ou fazem sinais de fumo, e continuam a observar o animal. Depois de ser dado o sinal, a tripulação leva os barcos para o mar e começa a busca que pode durar horas, ou mesmo dias. Quando encontram uma baleia, começa uma luta incerta entre homem e animal.

Imagem © Credits to mrfotos

Os barcos de caça dos Açores eram fracos e antiquados, mas bonitos e hidrodinâmicos. Normalmente a tripulação tinha sete membros, cada um com as suas próprias tarefas - um era o "chefe", cinco deles remavam, e outro estava encarregue de lançar o arpão. Estes barcos foram adaptados das canoas a bordo dos enormes navios baleeiros americanos que, há séculos, costumavam parar no porto da Horta, para recrutar os destemidos marinheiros das ilhas. Herman Melville escreveu sobre isso no seu Moby Dick, dizendo que os ilhéus parecem ser os melhores baleeiros.

Foto © Créditos a José Luís Ávila Silveira/Pedro Noronha e Costa

A caça não era uma tarefa fácil, mas os baleeiros costumam dizer que nunca tiveram medo, por causa da adrenalina que sentiam. O barco tinha de se aproximar da baleia silenciosamente até que um membro da tripulação (o trancador) fosse capaz de lançar o arpão de ferro para atingi-la. A partir daí, o barco estava ligado, com uma corda, ao animal, que reagia ao ataque, tentando mergulhar fundo ou fugir. A perseguição continuava até que a baleia morresse e fosse levada para a terra. Este processo podia durar várias horas ou até mesmo um dia inteiro, e o objetivo principal era perfurar os pulmões do animal.

Foto © Créditos à ABBPhoto

Depois do trabalho feito, outra tarefa se seguia: desmontar o corpo da baleia e usar cada pequena parte. A gordura torna-se óleo, é exportada e utilizada como combustível e lubrificante, ou mesmo nas indústrias cosméticas. Os ossos eram transformados em pó e usados como tratamentos de fertilidade. Em ocasiões afortunadas, quando os baleeiros encontravam âmbar-cinzento dentro do cachalote, os lucros dobravam, pois esta substância era usada nas indústrias farmacêutica e cosmética, para sabonetes e perfumes. Em muitas partes do mundo as baleias têm sido caçadas por razões espirituais ou tradicionais, mas aqui nos Açores a prática existiu por razões puramente económicas. Nessa altura, a economia açoriana estava completamente dependente da actividade baleeira.

Foto © Créditos a Henk van den Berg

Hoje em dia, as baleias já não são caçadas, mas a tradição não foi esquecida nos Açores. A maior parte do património baleeiro foi mantido e restaurado e desde 1997 tem sido utilizado para fins culturais, turísticos e desportivos. Há regatas de remo com as antigas embarcações e, claro, a observação de baleias representa uma das principais atrações turísticas. Além disso, para os mais aventureiros, também é possível tentar mergulhar com baleias.

Imagem © Créditos a Mark Wong

A principal época de observação de baleias começa em Abril, atravessando todo o Verão até Outubro, e durante estes meses diferentes espécies passam pelos Açores nos seus percursos migratórios. Abril e Maio são normalmente uma boa altura para avistar as baleias maiores, como a baleia azul, enquanto Outubro pode ser uma boa altura para ver baleias jubarte. Os cachalotes são residentes nos Açores, e podem ser vistos durante todo o ano.

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O autor

Natacha Costa

Natacha Costa

Olá, vou falar-vos do sul de França, dos Açores, da Islândia, entre outros lugares, aqui no itinari. Viajar ensinou-me mais do que qualquer outra escola, e estou entusiasmado por partilhar convosco esta minha paixão!

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