Jardins de Lisboa - Gulbenkian Pt.2

No meu primeiro artigo sobre o fantástico jardim da Fundação Gulbenkian, escrevi mais sobre a própria Fundação e a sua localização, uma breve história e os marcos que lá se podem encontrar. E embora o museu, a biblioteca e tudo isso seja muito importante, deixei de fora o que considero ser a coisa mais agradável do Jardim Gulbenkian (assim como qualquer outro): a natureza que o rodeia. E neste jardim maravilhoso há muita natureza para ver.

Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian

Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, Av. de Berna 45, 1050-099 Lisboa, Portugal

Museu Calouste Gulbenkian

Av. de Berna 45A, 1067-001 Lisboa, Portugal

Fiz comparações com o muito mais pequeno Jardim Amália Rodrigues, em termos da distância que estes oásis verdes nos fazem sentir da cidade turbulenta, mas a variedade de vida na Gulbenkian faz-me lembrar um outro jardim sobre o qual já escrevi, o majestoso e exótico Monte Palace na Madeira. Tal como o Monte Palace, embora não tão exótico, o Jardim Gulbenkian mergulha-o na natureza envolvente e leva-o numa viagem por ter diferentes áreas com flora e apresentação diferentes, regadas com a estatuária ocasional.

Pode encontrar amplas áreas de relva, ótimas para piqueniques, e também não é desagradável para o entusiasta de yoga comum! Há um grande pedaço perto do lago, onde está localizado o terraço do café, bem como bancos de pedra e mesas ideais para as famílias comerem um lanche e descansarem um pouco. Também há um terreno pantanoso com pequenos rios e riachos. Aqui é onde vai conhecer os residentes: Kois e Mallards. Os peixes são encontrados no lago no centro do jardim, enquanto os patos estão bastante espalhados; a maioria destes pássaros são amigáveis, devido a terem-se acostumado a ser alimentados pelos visitantes, e na primavera os filhotes de patos muitas vezes passeiam-se pelos jardins. Encontrá-los não é difícil, seja no lago ou na lagoa menor perto do museu de arte moderna (acompanhados de tartarugas). Mas mais esquivos são os seus vizinhos, o Swamphen, um pássaro muito curioso. Estas peculiaridades azuis são encontradas perto das altas plantas pantanosas ao longo dos lagos e rios.

Por falar em rios, a minha parte favorita do jardim é o riacho de bambu. Uma planície serena e bonita onde se pode seguir o pequeno rio através de muitos caminhos divergentes, enquanto ouve as águas calmas a correr, levando ao lago principal em baixo. Um toque muito oriental num local que é muito europeu.

Mas há muito mais tesouros escondidos neste jardim. Ao percorrer os caminhos, encontrará muitas áreas de descanso entre as árvores, normalmente adornadas com cascalho vermelho e pequenos lagos artificiais para patos errantes. Ou mesmo corredores murados por vegetação e adornados com estátuas e outras instalações. Um verdadeiro passeio de fantasia.