Esta é uma história traduzida com a ajuda da tecnologia.
Este texto foi traduzido para Português a partir do original em English
Estamos no final de Outubro. Este ano, o tempo ofereceu uma pequena trégua a quem quisesse ver Lisboa. Tivemos dias ensolarados até há algumas semanas atrás, mas agora, mesmo que tenha chegado um pouco tarde, o Outono trouxe todos os seus maneirismos. Há filas de folhas perdendo as suas cores na calçada, de onde algumas conseguem escapar quando o vento, que nunca pára, sopra mais forte. As árvores tremem desde o tronco até às suas copas, sibilando. Está frio, as pessoas que por aqui passam escondem-se em casacos e cachecóis. Mas apesar disso, o sol brilha forte, e traz algum conforto quando o vento não está a ver.
Acabei de chegar a Santo Amaro, no belo distrito de Oeiras. A plataforma alongada da estação de comboio no topo da encosta permite ver os telhados e a vegetação ondulante do centro da cidade. O passeio de hoje leva-me na direção oposta, por isso apanho a escadaria sobre os carris, onde jovens escoteiros caminham em fila. Há um jardim nas proximidades que quero descobrir, na rua que segue ao longo do caminho de ferro. Antes dele, há filas de casas floridas, um bairro acolhedor. Logo dá lugar a um grande muro de pedra, e uma cerca. As plantas sobem por cima de tudo isso, crescendo para fora do recinto, os tufos subindo altos no ar e ondulando suavemente.
Por entre as barras de metal, do outro lado da estrada, surge uma pequena floresta à sombra – o Jardim da Quinta dos Sete Castelos. Entro, e começo a vaguear. Há uma variedade de arbustos, flores, relvados e grandes pinheiros e palmeiras exuberantes, crescendo alto e cobrindo o céu. Foram dispostos em vários segmentos, aparentemente sem rigor devido ao seu crescimento natural. Sobre os caminhos de gravilha que se ramificam em direções regulares ou aleatórias, os pássaros cantam por cima do som das folhas ao vento. Um pai e um filho passeiam e brincam, e um outro par idêntico aparece pouco depois. No centro do parque estão os restos de um edifício, uma mansão de uma época mais antiga. Parece quase consumida pelas plantas que crescem, em particular a hera que sobe por todas as suas fachadas.
Jardim da Quinta dos Sete Castelos
Jardim da Quinta dos Sete Castelos, Praceta dos Sete Castelos 1, 2780-352 Oeiras, PortugalO vento decide perturbar a tranquilidade que envolve o local. À mercê de uma forte rajada, toda a floresta reverbera numa explosão vibrante. Embrulho-me no meu casaco e avanço, passando além do pequeno palácio para chegar a um agradável pátio com um restaurante, e uma área de canavial denso, muito alto, tanto que o caminho que o atravessa mais parece um labirinto. Oposto à entrada por onde vim, os portões de saída do parque estão a poucos metros de distância, sob a estrutura metálica de um velho e peculiar moinho de vento rodeado por canteiros de vibrantes flores azuis e rosa.
As ruas são aconchegantes, com bonitas casas e muito verde. A silhueta urbana contra o céu mostra telhados surgindo da folhagem abundante. Não há muito movimento por aqui neste momento. Alguém passeia o seu cão, alguém limpa o seu pequeno relvado. Mas o vento persistente não permite muito. Ele move-se, esperando um pouco, balançando os cabos elétricos pendurados acima da minha cabeça, e de repente lança-se por entre o casario, levantando folhas e sementes caídas, e toda a vegetação de vasos, varandas e jardins privados se agita como um só, criando de novo um sopro alto que cobre tudo por um instante. A calma volta então, mas nunca por muito tempo.
Vagueio por aí, vendo como as ruas mudam, mais afastadas do jardim. Há avenidas de árvores, e as praças alargam-se. O cenário fresco e verde torna-se ainda mais presente, e colocados em torno dos aglomerados de árvores exuberantes são imponentes mansões de cores brilhantes e alegres. Os apartamentos começam a aparecer também. Há mais gente na rua, sem se preocupar com o frio do vento. Na esperança de encontrar algum calor, chego a uma encruzilhada onde a luz do sol consegue passar pelos telhados e copas das árvores e chega à calçada. A estrada desce por um declive, passando por uma série de lojas do rés-do-chão, cafés e pastelarias, e termina sob luzes ornamentais, penduradas nos cabos que ligam cada lado das fachadas das habitações.
Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias
Oeiras e São Julião da Barra, 2780 Oeiras, PortugalSentindo-me já aquecido, sigo-a para chegar à praça lá em baixo e encontrar um caminho até um par de outros fantásticos jardins em Santo Amaro de Oeiras - incluindo os famosos jardins do palácio Marquês de Pombal. A caminhada continua com uma nova história em breve!
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O autor
Vasco Casula
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